Um dia destes eu estava num ônibus indo para casa, e subiu um senhor vendendo um kit de agulhas: Agulha pra costurar roupa, agulha pra costurar vela de barco, agulha pra costurar couro, agulha pra prender tecido, etc. Somente eu comprei o kit, acreditei que minha mãe que curte costura acharia interessante e ninguém mais se interessou; mas isso não inibiu o senhor de fazer uma mini palestra sobre espiritualidade. Ele falou sobre comportamentos que transmitem e influenciam uma postura condizente com a Paz que tanto procuramos; falou sobre a consciência que devemos almejar para que possamos viver melhor, permitindo que as rédeas de nossa vida permaneçam nas mãos daquele tem a clara responsabilidade sobre si mesmo. Etc, etc, etc! Tudo isso com suas próprias palavras, seu próprio vocabulário, sem citar livro algum, tudo fruto de seu sentimento acerca da vida. Tomara que um dia, nós intelectuais, possamos um dia levar tamanho porto de tranquilidade para os que necessitam, munidos desta simplicidade caracteristica de quem já encontrou em si mesmo a fonte da Felicidade.
sábado, 25 de junho de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
As moscas

Poderia ser o modismo uma doença psíquica? Estes dias eu estava argumentando isso com uma turma de alunos de psicologia. Porque muitas pessoas que acreditavam piamente que algo seria imoral, nunca utilizavam a peça de roupa ou acessório, que embora estivesse disponível, seu ponto de vista quanto à imoralidade não lhe permitia fazer uso. No entanto quando o mesmo objeto passa a ser massificado pelas novelas, etc., muda-se o ponto de vista, as pessoas se violentam, se auto impõem algo que a sua razão nega, apenas para fazer parte do grupo, para fazer coro com a cultura da maioria. Uma vez um nazista, Joseph Goebbels, disse: "Uma mentira repetida muitas vezes se torna verdade!" Com isso me vem a mente um antigo ditado muito reflexivo: " Comam cocô! É impossível que um bilhão de moscas estejam erradas!" ;^)
terça-feira, 9 de novembro de 2010
A Meritocracia

Sir Isaac Newton no ano de 1687 muda a maneira humana de se relacionar com a física, quando descreve a lei da gravitação e as suas três leis, chamadas 'de Newton', fundamentando os princípios da mecânica clássica. Suas teorias trazem de forma inédita, até que se prove o contrário, a afirmação do fato de que tanto os corpos celestes, bem como os objetos na Terra, e aqui inserimos os seres humanos, são regido por Leis Universais não importando o recôndito do Universo que habite.
Uma ação e reação experimentadas num laboratório não difere do conceito de Causa e Efeito, bem como da Lei do Karma divulgadas através do hinduismo. Basta apenas que percamos em fanatismo, no sentido de deixarmos de valorizar apenas aquilo que nos é dito, seja pela religião, seja pela ciência; para ganharmos em sentimento acerca das coisas, acerca daquilo que sentimos particularmente, para compreendermos como estas coisas se processam em nossas vidas e o que delas podemos tirar de aprendizagem. Já diziam os mais velhos: "Aqui se faz, aqui se paga!" Ou: "Quem guarda rancor morre de câncer!" Ou: "A semeadura é livre, MAS a colheita é obrigatória!" Ou seja... Ação e Reação. Definitivamente Newton sabia do que estava falando! ;¬)
Então é necessário que nós possamos entender que tudo aquilo quanto nos ocorre, é fruto de decisões não refletidas com clareza, decisões em que não contemplamos a inteligência apenas para satisfazer o outro, seja ele quem for, ou um padrão de comportamento aceito pela maioria. Os benefícios ou revezes da vida são méritos que buscamos. Sonhamos com a felicidade e buscamos este ideal no mundo exterior. Mas apenas aqueles que sentem que a felicidade é um patrimônio seu, merecem fazer de si e dos outros seres felizes, ainda que os outros não se sintam merecedores desta felicidade, por estarem desconectados daquilo que importa - a prática do apreciar a beleza humana que emancipa, liberta.
A meritocracia é o sistema de autogoverno daquele ser humano, que se sente concretamente detentor de sua própria Liberdade. ;^)
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
A árvore da Vida

A revista 'Superinteressante' deste mês, está com uma edição especial tratando somente de Cabala. Observando o diagrama que eles chamam de 'Árvore da Vida' podemos perceber alguns triângulos formados por círculos chamados de sefirás. E entrelaçando os conceitos de cada sefirá que compõem um triângulo, podemos construir alguns textos interessantes. Claro que cada texto vai da interpretação de cada um. Aqui abaixo vão duas interpretações minhas a partir de dois triângulos:
Triâgulo 1 - Binah + Kether + Hockmar
# Ao expressar-se, genuinamente e atento, o ser humano encontra em si próprio a origem de tudo, experimentando-se. O que o leva a valorizar muito mais o seu ser intuitivo em detrimento do ser pensante.
Triâgulo 2 - Binah + Tiferet + Hockmar
# Os preconceitos dificultam o processo de autoconhecimento, pois a partir da memória, tendemos a valorizar aquilo que verdadeiramente não tem valor para o aprimoramento da espécie humana, já que se autoconhecer, também é, no mínimo desagradável. E somos socialmente orientados a considerar viável apenas aquilo que nos possibilita prazer e segurança. Ainda que para se manter este status seja necessário o maltrato do outro, ou pior, o de si mesmo. Mas se compreendermos aquilo que se mostra no ato de se expressar, quando das relações humanas, o ser intuitivo, o não planejado ou planejável se revela subjetivamente, mas com precisão e beleza.
domingo, 3 de outubro de 2010
A mamangava

Quando eu estava morando na Dinamarca encontrei um cartão postal que falava sobre a mamangava, aquelas abelhas enormes que vivem solitárias. O texto era mais ou menos assim: "A ciência afirma que as asas da mamangava não possuem, nem o tamanho nem estrutura ideal para que ela possa voar; devido à sua anatomia, peso, etc. Logo é impossível, cientificamente falando, que a mamangava venha a voar... Mas como ela não sabe disso ela voa!"
Isto é a Natureza, sábia que é, nos ensinando que as nossas certezas somente podem ser comprovadas através da nossa própria experimentação, ou no mínimo através de uma profunda reflexão inteligente, livre de preconceitos!
B¬*
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Flor

Fiquei com isso pensando na impermanência das coisas... Mas no fato da perenidade da Beleza! Para se ter Beleza só depende de nós. Para se Ver Beleza só depende de nós. Para cultivá-la só depende de nós... Inclusive na forma de uma flor!
Beijos
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
V de Vingança

Ontem eu estava morrendo de sono, mas não consegui largar o filme V de Vingança, que eu já assisti umas 10 vezes. O filme trata a respeito de um governo autoritário que se mantém no poder através da imposição da violência e da censura, e o pior, com o consentimento da população. Na verdade, após a ascenção daquele governo ao poder, as pessoas se tornaram anestesiadas, não questionam os desmandos políticos, não possuem desejos particulares, apenas consomem aquilo que é permitido, ou disponibilizado pelo governo, pelo sistema estabelecido. Alguma diferença com a realidade do Brasil? Acho massa a cena em que um dos apresentadores da televisão, mostra uma 'Alcorão' para a personagem de Natalie Portman. O Alcorão tinha sido proibido pelo governo, mas o apresentador possui um, infrigindo a lei, pelo simples fato dele achar muito bela a poesia do livro. É exatamente neste momento que Estética e Idealismo se confundem. E na realidade acredito que uma é a mesma outra coisa, pois sem se estar atento ao que se sente, se não sabemos se agimos motivados por nossos sentimentos não é possível perseguir nossos ideais. Seremos sempre manobrados pelos outros, através da cultura estabelecida, através da mídia, através dos modismos, através da opinião dos outros. Uma vida com um objetivo é interessante, mas uma vida sustentada pela vontade de realização de um ideal é simplesmente perfeita!
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A beleza que há em todas a coisas

As vezes caimos na armadilha de acreditar que serão os outros que nos farão felizes, que nos motivarão a seguir adiante, que embelezarão a nossa vida.
Cada ser humano é um revolucionário em si mesmo, e assim sendo não precisa assumir como suas as "verdades" aceitas pelos outros, principalmente se a argumentação está fundamentada no simples fato de que, a "verdade" está sendo aceita porque a multidão concorda que ela é correta, e este simples fato a torna necessária para todas as pessoas do planeta. Observem a qualidade das músicas que consumimos, como a mídia trata as mulheres e assim como a própria mulher se vê perante a sociedade, como as crianças e adolescentes compreendem o que é diversão, e como o sistema entende o que é educação. Já presenciamos um mauricinho tocar fogo num índio sob o pretexto de ter achado que era um mendigo. Logo se fosse um mendigo o fato, para este ser humano, seria a coisa mais normal do mundo. Numa outra ocasião três seres humanos de mesma qualidade e classe social, do Rio de Janeiro, espancaram uma empregada doméstica, achando que a mesma era um prostituta. Para eles se fosse uma prostituta eles tinha o direito de espancar.
Precisamos, em caráter de urgência, fazer a nossa parte. Vivermos sob a direção do nosso próprio olhar, fruto de nossas próprias reflexões que serão alimentadas pela vontade de nossos sentimentos, que é um patrimônio individual, mas que quando colocados no coletivo tem o poder de transformar tudo para melhor, porque vivemos sob a égide de uma Lei Natural de nome Lei de Evolução. Podem os sistemas cair, a barbárie se instalar, mas neste meio sempre haverão aqueles que se utilizarão das adversidades para se tornarem pessoas melhores e propor isso aos outros.
Se não fizermos nossa parte no que diz respeito à prática da beleza e do sentimento, representada principalmente pela gentileza e equilíbrio nas relações, teremos realmente que conviver com monstros citados acima, como elemento normal da composição da sociedade, da nossa vizinhança, da nossa família. E para fazermos diferente é necessário que aprendamos a ver o que há de belo, e não se entreter o que valoriza a depreciação humana, apenas estando atento que só é possível assim fazermos, observando a origem da ação, dedicando atenção à experiencia estética, logo ao que sentimos quando nos relacionamos com as coisas que nos circundam, que nos tocam seja para o bem ou para o mal. A reflexão tem que ser sempre de dentro pra fora, para embelezar o indivíduo de forma completa.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O vazio
domingo, 16 de maio de 2010
A vela

Ao longo de nossas descobertas no desenvolver de nossas vidas, criamos ou desvelamos conhecimentos que vão nos auxiliar a criar e desvelar outros. Aprofundamos nossas capacidades de realização, sublimamos as nossas necessidade, e através deste óculos percebemos o mal, a transição e o bem, estágios de etapas da vida, que sem as quais o viver seria muito chato e sem propósito.
O conhecimento científico, filosófico e espiritual é a trindade que foi separada em unidades isoladas e contrastantes entre si, principalmente a partir das pesquisas filosóficas de René Descartes. Brevemente teremos estas unidades unidas outra vez numa unidade composta destas três partes, manifestando-se na sociedade, não antagonicamente como podemos perceber na atualidade, mas harmonicamente como costumava ser nas civilizações antigas, como costumava ser com todo povo nativo que vivia em plena consonância com a Natureza e suas Leis.
Religião, filosofia e ciência! O homem que deseja propor algo novo, algo belo, seja através das artes visuais, do teatro, da música, da literatura, da oratória para a sociedade da qual é parte integrante, deve demonstrar em suas ações e obras construidas o reflexo desta Luz que o mesmo reconhece em todas as coisas. Também podemos portar esta urgência de transformação como uma vela, a qual doamos aos nosso queridos, como um presente, um lapso de claridade, mas com a compreensão de que cada um tem seu rítmo, além do que nenhum presente pode ser imposto, embora o tempo já tenha acabado. É só refletir acerca dos problemas do mundo e tirar suas próprias conclusões.
terça-feira, 27 de abril de 2010
En el Muelle de San Blas

Neste último final de semana estive em Vitória da Conquista, cidade do sudoeste da Bahia onde simplesmente o fato de estar lá já é uma experiência estética. Estava experimentando algo de autoconhecimento na noite de sábado e por volta da madrugada o celular de 'Fábio' tocou... Perguntei que música era aquela que estava como toque do celular e ele me mostrou a música inteira: En el muelle de San Blas - Mana. E ele disse: A letra da música é "triste e bonita". Como algo pode ser Triste e Bonito? Começamos a conversar acerca da letra da música, e obviamente estávamos argumentando sobre estética e sentimentos humanos.
A experiência estética que é transformadora está afeita ao nosso percebimento, a como percebemos os acontecimentos ao nosso redor, sem jamais perder de vista o que está, no momento, acontecendo dentro de nós, se as coisas estão tranquilas, ou as turbulências chamadas emoções estão rolando. Normalmente somos tomados pelas emoções e não percebemos o seu real valor acontecendo dentro da gente.
Muitos ouvirão a música e taxarão a menina no porto de louca... Será? Não pensem nela de maneira literal, mas simbólica. Para toda ação perfeita são necessários alguns elementos: Razão, boa intenção e bom senso. Com isso não pude de deixar de me questionar, e faço a você o mesmo questionamento: O que motiva esta menina no cais de San Blas ?
O que motiva a garota????? Pode algo ser Triste e Bonito?????
Segue abaixo um link do You Tube pra se ouvir a música; e ler a letra e a tradução numa apresentação de slides.
Ouça aqui -> En el muelle de San Blas
Maná é uma banda de pop rock mexicana fundada em 1980 em Guadalajara.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Uma mística natural

Um dia destes eu estava conversando com meu irmão, sobre a mágica que há na música e ele lembrou de um fato relatado por um amigo dele, Lins, que vinha com outros amigos dirigindo na linha verde (Rodovia Ecológica próxima de Salvador-Ba), quando a lua cheia despontou bem diante do horizonte da estrada, colorindo de amarelo a escuridão do ambiente distante das cidades. Os caras pararam o carro, ligaram o som e emoldurados pela floresta que costeia a rodovia dançaram reggae embalados pela batida de 'Natural Mystic', música de Robert Nesta Marley.
Virá o dia, e espero que não esteja tão longe, em que nas escolas educaremos nossas crianças para serem seres sensíveis, conscientes de si mesmo. Conscientes daquilo que sentem. Não mais modelados por uma sociedade que forma seres técnicos; forma arquitetos, advogados, enfermeiros, médicos, contadores, professores, mas quais destes profissionais aprenderam na academia a ser humano? A sensibilzar-se com a dor do outro, ao invés de permitir que a rotina justifique como normalidade uma pessoa morrer num corredor de um hospital por falta de atendimento? Quando este dia chegar vamos parar para ver o pôr do sol; não porque a atriz da novela estava fazendo; não porque está na moda demonstrar sensibilidade, mas sim porque é exatamente isso que o nosso meio de amar anseia, que as nossas emoções exigem, que o nosso sentimento demanda e percebemos isto com clareza. Este dia virá e nesta sociedade formada por seres autoconscientes, nunca mais teremos vergonha de demonstrar socialmente o ser sensível, amável, gentil, atento, espiritual que carregamos dentro da gente. E nestes dias talvez muitos outros Lins estarão dançando envolvidos pela mística natural, provando que há uma distância astronômica entre o ser intelectual e o Ser Inteligente.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Chaplin

O Caminho da Vida
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
Charles Chaplin (O Último discurso, do filme: O Grande Ditador).
O negócio é que para se ser afetuoso e doce é necessário ser inteligente, né não? O fácil é ser grosseiro, e pra isso não se precisa ser inteligente. Talvez ele tenha desejado ter dito: Precisamos de menos intelecto e muito mais de inteligência, para podermos acessar em nós mesmos o ser afetuoso e doce!
A Vida

A vida é onde Deus se experimenta no ser humano. É o silêncio pleno que existe entre as batidas do coração e o inspirar e o expirar. É a força que nos impulsiona pra frente diante de uma tela de cinema, que exibe um filme que nos emociona... Este vazio atento ao qual nos dedicamos nas salas de cinema, é que é o viver genuíno. É a ternura que percebemos em nós mesmos quando estamos diante do olhar de um recém nascido. É a sensação que nos invade quando dançamos. É o planejamento que prioriza a relação com o Todo, com a Natureza em primeiro lugar, e em si mesmo, pra depois valorizar o que vem depois. A Vida É! A Vida é...
E pra terminar, uma citação de alguém que fez de sua vida uma constelação colorida, em prol do desenvolvimento humano:
"BOM MESMO É IR À LUTA COM DETERMINAÇÃO,
ABRAÇAR A VIDA E VIVER COM PAIXÃO,
PERDER COM CLASSE E VIVER COM OUSADIA,
POIS O TRIUNFO PERTENCE A QUEM SE ATREVE,
E A VIDA É MUITO BELA PARA SER INSIGNIFICANTE."
(Charles Chaplin, o cara que sabia das coisas!)
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Perceber a vida com Gentileza.

Depois de ter conversado com um amigo fiquei pensando como a gente hipervaloriza as coisas que não prestam, e não dá a mínima para as coisas maravilhosas da vida. Amizade por exemplo.
Esta normose verdadeiramente doentia tem que ter uma origem nas nossas escolhas. Não é possível que seja diferente. Será que é a novela? Porque normalmente só se vê as pessoas elogiando a novela quando se tem casais se traindo, marido batendo em mulher, corrupção em alta, etc. Aí a novela está boa! Putz! A razão desta degeneração pode ser também outros programas, os quais não vou me dar o trabalho de relacionar, que mostram o enganar o outro, a mentira, a inveja, o "jeitinho brasileiro", o ser 'mais esperto que o outro', como padrões de comportamentos necessários para que se tenha um convívio social, no mínimo agradável, mas sem nunca olhar para 'dentro', sem nunca perceber o que se perde de humanidade cada vez que cada postura que apenas prejudica o outro é perpetrada. Imagine o efeito disso na alma quando o indivíduo, fielmente, acredita que fazem parte da normalidade do 'ser' humano. E ainda que existam aqueles que acreditam que estas características sejam também parte do ser humano, que seja. Então afirmo que precisamos ser mais que humanos. Pois pode ser que do jeito que nos consumismos e assim consumimos o planeta, não haja mais tempo de de dar três passos pra trás, para poder tomar impulso e conseguir saltar o muro dos problemas de uma maneira geral. Porque estes que acreditam que as grosserias são partes compreensíveis do ser humano, provavelmente nunca estão atentos quando estas mosntruosidades saem, mas são críticos ferrenhos de quando se é tratado com grosseria. E no fim sempre culparemos os outros, a sociedade, o sistema... Defina' o sistema'!
Vivemos esta loucura! Sugiro que passemos a atentar para a parte colorida da vida e colorir aquelas que estão desbotadas. Valorizar a força da Luz do Sol e não se apegar com tristeza à tenebrosidade da escuridão. Ou seja, como se diz popularmente: Se a vida lhe oferece um limão, não perca seus dias reclamando do azedume do mesmo... Faça uma limonada! Senão trataremos as pessoas ao nosso redor de forma desprezível por causa, apenas, de um limão azedo. Sob pena de terminarmos nossos dias entubados numa cama de hospital, olhando para trás no filme da vida e se desesperando quando perceber que a vida que se viveu, foi vivida por um morto-vivo. Ao invés disto vamos ver, perceber e valorizar cada gentileza que nos é oferecida e com isso se motivar a tratar todos os outros com a mesma getileza. Ver a vida com beleza. As vezes não é fácil. Mas como disse a rosa do Pequeno Príncipe: "Se desejo ter o prazer de ver as borboletas, é necessário tolerar algumas lagartas."
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O perfume

Acredito que no dia que construirmos em nós mesmo esta capacidade de valorizar as coisas certas, significativas e que valem o nosso esforço, mesmo psíquico, a vida se tornará mais fácil, mais produtiva. Precisamos valorizar estes raros momentos de prazer subjetivo, onde podemos genuinamente ser livres, sem condicionamentos, sem modismos sociais. Pois dentro de nós mesmos somos livres, e sem esta liberdade não é preciso estar vivo. Esta experimentação da sensação estética é um genuíno ato de autoconhecimento. Esta é a busca primitiva deste sentido primitivo, que a realidade urbana contemporânea tenta obliterar. Precisamos permitir que esteja disponível em nós e temos, por obrigação, que contagiar os outros. Para que todos possamos valorizar o que sentimos, e não aquilo que nos é dito como verdade, como aquilo que se convencionou chamar 'sistema, pretende. Porque somente a experiência direta e completa preenche o espaço interno destinado à aprendizagem, ainda que esta se dê através da reflexão.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Paz no mundo!

Hoje em Salvador foram queimados seis ônibus pelo crime organizado. Dá pra acreditar? A moda carioca está sendo adotada por nossas bandas.
Estamos vivendo um período de caos generalizado, o qual envolve nossas vidas por todos os lados. Por isso não há lógica em criar, manter e dar manuntenção a outras situações caóticas por menores que sejam consideradas. Sendo caos... será sempre grande o suficiente. E células deste caos maior que somos obrigados a conviver. Descuidamos deste aspectos no trabalho quando competimos de forma agressiva, injusta e invejosa com os colegas, criando distâncias onde deveria haver unidade...ainda que fosse a de equipe. Descuidamos disso na vida pessoal, quando negligenciamos aquele que escolhemos por companheira(o), e criamos uma relação de escravagista e escravizado, dono e possuido, enfim uma relação de orgulho e vaidade. Quando tratamos o outro sem cuidado, sem carinho, como "algo", como material conveniente, como peça descartável. Descuidamos disso no aspecto moral da vida, quando buscamos o prazer a qualquer custo e acima de qualquer coisa... Tal comportamento é um dos principais catalizadores de caos na sociedade, quando pelo prazer do status pisamos no colega, mentimos e caluniamos pra satisfazer a direção da empresa, quando tratamos as mulheres como lixo descartável, e as mulheres aos homens.
É necessário que possamos conter, mudar ou transformar este fato em nós. Minimizar, conter ou extinguir a origem do caos partindo de nós mesmos, o caos que tem início a partir de como lidamos com aquilo que sentimos. Pois o fim do caminho que envolve o caos exterior dá-se em nós mesmos. Assim quando estivermos circundados por ambientes desordenados, vamos nos dispor a contribuir com a ordem. Quando estivermos desequilibrados e criando pensamentos grosseiros, vamos imediatamente reverter o comportamento e passar a criar 10 pensamentos de paz, amor e harmonia, para cada um pensamento grosseiro. Já que o pensamento tem corpo e é força realizadora para o bem ou para o mal. Quando formos criticados, abandonados, humilhados, caluniados... Utilizemos mais estes tijolos de construção no processo de nosso autoconhecimento, no mínimo perguntando-se: -Com que objetivo vou responder a esta provocação? E assim seguir transformando a nós mesmo, autorealizando, contribuindo para um mundo melhor; e principalmente para um ser humano melhor. Mais condizente com o ser humano que deve habitar o século XXI.
Precisamos estar comprometidos em semear mais flores, onde tudo é lama, escombros e podridão generalizada.
Paz e Harmonia a todos!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A Liberdade

"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." Mahatma Gandhi
E nós? Sabemos quais são as grades que nos aprisionam?
Apenas um pássaro que nasceu livre e foi aprisionado numa gaiola, sabe o quão maravilhoso é a sensação de voar. Somos pássaros, mas nos permitimos crescer em gaiolas e não satisfeitos com a individual ausência de liberdade, criticamos e atacamos os pássaros que percebemos, de dentro de nossas gaiolas, livres voando no céu.
Quebremos nossas gaiolas, abramos nossas asas e pulemos no nosso abismo interior... Para alçar vôo às alturas da sabedoria do genuíno 'Ser Livre'. ;¬)
sexta-feira, 24 de julho de 2009
U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight

Fiquei embriagado ao assistir este vídeo que ilustra a música do U2 de mesmo título. No entanto sou suspeito, pois amo animações com a pegada dos conceitos cinematográficos, planejadas como verdadeiras obras de arte. Bono Vox e seus amigos estão talhando juntos uma história gravada com caracteres de ouro.
Este vídeo proporcionado pela letra concebida por Bono é um alento para aqueles que ainda acreditam no mundo e na real função do ser humano sobre o planeta. Tudo anda tão trabalhoso, os valores estão invertidos, tudo aquilo que intuitivamente sabemos não fazer bem como a corrupção, violência e a busca ilimitada e inconsequente por qualquer tipo de prazer tornaram-se normalidade e a população reagiu perdendo a possibilidade de indignar-se. Que bom seria se pudéssemos verdadeiramente nos tratarmos como verdadeiros irmãos. Saber respeitar a escolha, os planos, as buscas do outro. Pessoas que compreendem que toda forma de preconceito é vã, já que a morte e a doença existe para todos, os infortúnios são comuns aos seres humanos e inerente ao viver, cada um segundo o cobertor que lhe foi ofertado pela Natureza. Esta psicologia inversa é necessária por que muitos sequer consideram que na realidade somos idênticos na essência, não no amontoado de células e organização bioquímica, e por isso somos Um, já anulando inteligentemente qualquer forma de preconceito. Virá o dia em que cada ação do indivíduo será elemento de reflexão dele mesmo, pois ele já compreenderá que fomos feitos para brilhar acima das nuvens cinzentas, impregnando-as de Luz. Cada um será responsável pelo quadro que deixar pintado na memória da Vida.
O tempo passa e a história é escrita por cada um dos personagens no palco da Imortalidade. Mas se tem um cara que quando a transformação chamada Morte bater a sua porta, e ele como todos não tiver escolha senão abrir, ele dará as mão a esta nobre senhora, e seguirá para o atualmente desconhecido. Contudo quando ele olhar para trás terá um largo sorriso no rosto, por ver as cenas de sua história escritas por ele mesmo, plenamente pontuadas por Contribuição, Beleza e Nobreza. Tenho certeza de que quando chegar a nossa vez a nobre senhora nos encontrará com o mesmo largo sorriso nos lábios, pela mesma razão do sorriso de Bono, prontos para os próximos desafios.
Assista ao vídeo postado no youtube pela Vevo, e se embriague bebendo estas sensações estéticas! Não beba com moderação!
sábado, 18 de julho de 2009
Curtindo as sensações estéticas

O efeito de uma dancinha de nada é avassalador no ser humano, pois joga fora aqueles pensamentos de que 'eu não sirvo pra nada', revela um pico ascendente na autoestima, desenvolve a coordenação motora, estimula a criatividade e a sensibilidade, colore a áura com tons brilhantes, aguça a percepção de si mesmo, dentre outros elementos que necessitamos tanto. Movimentar conscientemente o corpo faz com que a glândula Pineal, esta coisinha maravilhosa que temos dentro do cérebro, libere serotonina. A serotonina está diretamente ligada à sensação de prazer. O efeito benéfico da felicidade é plenamente observado nas pessoas que são felizes, mas apenas elas verdadeiramente sabem o que isso significa.
Vergonha de dançar??? Que pena! ;¬)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O homem "colonizado"... Pra não dizer escravo.

Todo povo colonizado (O SER HUMANO), isto é, todo povo no seio do qual se instala um complexo de inferioridade por ter sido destruida a sua identidade cultural (CONHECIMENTO DE SI MESMO), fica em oposição à linguagem da nação civilizadora, ou seja, da cultura metropolitana (ESTÍMULOS E REFERÊNCIAS EXTERNAS, QUE LEVAM À PRODUÇÃO DE PENSAMENTOS). Quanto mais o colonizado se moldar aos valores culturais da metrópole, tanto mais se afastará da sua própria cultura. (QUANTO MAIS O HOMEM SE ADEQUA AOS PENSAMENTOS QUE OCORREM NA SUA CÂMARA MENTAL, OS QUAIS NEM SEMPRE PERTENCEM A ELE MESMO, SE AFASTA DE SUA ESSÊNCIA, ADIANDO COM ISTO O SEU DESTINO DIVINO).
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Amizade
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Que a chuva lave e leve para longe!

Não sei o que dá nas pessoas quando decidem entregar as suas vidas ao raciocínio, (se há algum), da massa. Há aqueles que vivem a deriva, navegando pra onde a maré da mídia dirigir. E há aqueles que se dizem no caminho da espiritualidade, mas pautados nos prazeres e certezas que adquirem dos outros e não de suas próprias experiências, de seu sentimento. Talvez seja a ausência de um Mestre que lhe ensine a chegar a beira do precipício... e o empurre, para um vôo solo, pleno de um conhecimento de si mesmo, que é o que eleva a águia à altitude da sabedoria. Que a chuva lave e leve para longe a ignorância disfarçada de luz. Que bom que para muitos rolou o velho de longas barbas brancas e aquele empurrãozinho. ;^)
quarta-feira, 27 de junho de 2007
Lorca

O poeta pede a seu amor que lhe escreva
Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de mordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
The Smiths

segunda-feira, 21 de maio de 2007
Sabedoria Antiga

Saber viver é uma necessidade para aqueles que simplesmente desejam ter ao seu redor um vasto campo de felicidade. O saber viver está afeito ao tipo de óculos que usamos, e a felicidade a uma enorme capacidade de aprofundar em si mesmo. Sim! Porque a felicidade está dentro de cada um, na realidade, e não fora nos estímulos, na sensorialidade. Precisamos aprender a escolher usar o óculos da compreensão, da benevolência, enfim do Amar. Porque a felicidade que nos vem dentro está afeita ao resultado do uso do óculos. Quando temos pleno controle deste uso caem os espinhos por terra e o perfume das rosas, na vida, torna-se uma consequência inevitável. Por isso reflitamos sobre:
"Com as pedras que me atiram, construirei o meu templo de sabedoria".
Parecido com Pessoa, né? Mas como o cara era iniciado, então sabe-se de onde vem o poema anterior...
domingo, 20 de maio de 2007
Pessoa
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Diversidade, Igualdade e Estética.

Um bandido, se fazendo passar por um alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.
O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.
Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do suposto "alfaiate". Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!", embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei. Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O bandido garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais. A única pessoa a desmascarar a farsa foi uma criança que gritou para a vergonha do rei: - O rei está nu!
Desgraçada da sociedade que abre mão de sua experiência particular, seja estética ou da vida prática, sem refletir e analisar para compreender, em prol de viver alimentado por uma aparência externa efêmera, periférica e sem profundidade. Pobre e sem significação é o ser humano que vive desta aparência externa, periférica e sem profundidade. Pois a grande felicidade da igualdade está no ser diverso, mas sem mímica, sem imitação, sem concordância estúpida e sobretudo, sem fingimento. Isso porque é possívela achar que se é diverso, não sendo quem se é. A diversidade se torna a mais perfeita igualdade quando dela parte a compreensão daquilo que te faz diverso... Aqui se estabelece a igualdade na diversidade, a semelhança na essência. A única que importa, a única que vem bela desde as profundezas do ser. Estar atento a isso é viver esteticamente, viver por aquilo que há de mais belo em si mesmo... que é o: Você mesmo!
O valor da estética pela estética está em se perceber o porquê pelo qual gostamos ou não de algo. Diante de uma obra de arte é fácil expressar se você é livre como a criança do conto de Hans Christian Andersen, e expressa aquilo que verdadeiramente sente. Mas se o indivíduo usa sua experiência estética como instrumento libertador dos paradigmas impostos, se percebe a vida como a criança d'A roupa nova do rei', está longe de ser periférico. Pois se acho lindos os túmulos ricamente decorados com pedras finas; terei eu força, coragem e sensibilidade de olhar o conteúdo putrefato destas belezas revestidas a mármore e granito?
Aquela criança permite a Diversidade estabelecer a Igualdade... E esta, infalivelmente, se expressar em Estética no expressar-se para com os outros, e principalmente para a parte mais importante nesta relação de diversidade, igualdade e estética: O próprio indivíduo atuante. Que é 'sendo' a todo momento. ;^*
Ilustração: Stetsenko Kseniya: O rei nu. Óleo sobre tela.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Ternura
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.

Sempre... Vinícius de Moraes