quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma mística natural

Um dia destes eu estava conversando com meu irmão, sobre a mágica que há na música e ele lembrou de um fato relatado por um amigo dele, Lins, que vinha com outros amigos dirigindo na linha verde (Rodovia Ecológica próxima de Salvador-Ba), quando a lua cheia despontou bem diante do horizonte da estrada, colorindo de amarelo a escuridão do ambiente distante das cidades. Os caras pararam o carro, ligaram o som e emoldurados pela floresta que costeia a rodovia dançaram reggae embalados pela batida de 'Natural Mystic', música de Robert Nesta Marley.

Virá o dia, e espero que não esteja tão longe, em que nas escolas educaremos nossas crianças para serem seres sensíveis, conscientes de si mesmo. Conscientes daquilo que sentem. Não mais modelados por uma sociedade que forma seres técnicos; forma arquitetos, advogados, enfermeiros, médicos, contadores, professores, mas quais destes profissionais aprenderam na academia a ser humano? A sensibilzar-se com a dor do outro, ao invés de permitir que a rotina justifique como normalidade uma pessoa morrer num corredor de um hospital por falta de atendimento? Quando este dia chegar vamos parar para ver o pôr do sol; não porque a atriz da novela estava fazendo; não porque está na moda demonstrar sensibilidade, mas sim porque é exatamente isso que o nosso meio de amar anseia, que as nossas emoções exigem, que o nosso sentimento demanda e percebemos isto com clareza. Este dia virá e nesta sociedade formada por seres autoconscientes, nunca mais teremos vergonha de demonstrar socialmente o ser sensível, amável, gentil, atento, espiritual que carregamos dentro da gente. E nestes dias talvez muitos outros Lins estarão dançando envolvidos pela mística natural, provando que há uma distância astronômica entre o ser intelectual e o Ser Inteligente.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Chaplin


O Caminho da Vida

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin
(O Último discurso, do filme: O Grande Ditador).

O negócio é que para se ser afetuoso e doce é necessário ser inteligente, né não? O fácil é ser grosseiro, e pra isso não se precisa ser inteligente. Talvez ele tenha desejado ter dito: Precisamos de menos intelecto e muito mais de inteligência, para podermos acessar em nós mesmos o ser afetuoso e doce!

A Vida


A vida é onde Deus se experimenta no ser humano. É o silêncio pleno que existe entre as batidas do coração e o inspirar e o expirar. É a força que nos impulsiona pra frente diante de uma tela de cinema, que exibe um filme que nos emociona... Este vazio atento ao qual nos dedicamos nas salas de cinema, é que é o viver genuíno. É a ternura que percebemos em nós mesmos quando estamos diante do olhar de um recém nascido. É a sensação que nos invade quando dançamos. É o planejamento que prioriza a relação com o Todo, com a Natureza em primeiro lugar, e em si mesmo, pra depois valorizar o que vem depois. A Vida É! A Vida é...

E pra terminar, uma citação de alguém que fez de sua vida uma constelação colorida, em prol do desenvolvimento humano:

"BOM MESMO É IR À LUTA COM DETERMINAÇÃO,
ABRAÇAR A VIDA E VIVER COM PAIXÃO,
PERDER COM CLASSE E VIVER COM OUSADIA,
POIS O TRIUNFO PERTENCE A QUEM SE ATREVE,
E A VIDA É MUITO BELA PARA SER INSIGNIFICANTE."
(Charles Chaplin, o cara que sabia das coisas!)

 

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