sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Perceber a vida com Gentileza.

Depois de ter conversado com um amigo fiquei pensando como a gente hipervaloriza as coisas que não prestam, e não dá a mínima para as coisas maravilhosas da vida. Amizade por exemplo.

Esta normose verdadeiramente doentia tem que ter uma origem nas nossas escolhas. Não é possível que seja diferente. Será que é a novela? Porque normalmente só se vê as pessoas elogiando a novela quando se tem casais se traindo, marido batendo em mulher, corrupção em alta, etc. Aí a novela está boa! Putz! A razão desta degeneração pode ser também outros programas, os quais não vou me dar o trabalho de relacionar, que mostram o enganar o outro, a mentira, a inveja, o "jeitinho brasileiro", o ser 'mais esperto que o outro', como padrões de comportamentos necessários para que se tenha um convívio social, no mínimo agradável, mas sem nunca olhar para 'dentro', sem nunca perceber o que se perde de humanidade cada vez que cada postura que apenas prejudica o outro é perpetrada. Imagine o efeito disso na alma quando o indivíduo, fielmente, acredita que fazem parte da normalidade do 'ser' humano. E ainda que existam aqueles que acreditam que estas características sejam também parte do ser humano, que seja. Então afirmo que precisamos ser mais que humanos. Pois pode ser que do jeito que nos consumismos e assim consumimos o planeta, não haja mais tempo de de dar três passos pra trás, para poder tomar impulso e conseguir saltar o muro dos problemas de uma maneira geral. Porque estes que acreditam que as grosserias são partes compreensíveis do ser humano, provavelmente nunca estão atentos quando estas mosntruosidades saem, mas são críticos ferrenhos de quando se é tratado com grosseria. E no fim sempre culparemos os outros, a sociedade, o sistema... Defina' o sistema'!

Vivemos esta loucura! Sugiro que passemos a atentar para a parte colorida da vida e colorir aquelas que estão desbotadas. Valorizar a força da Luz do Sol e não se apegar com tristeza à tenebrosidade da escuridão. Ou seja, como se diz popularmente: Se a vida lhe oferece um limão, não perca seus dias reclamando do azedume do mesmo... Faça uma limonada! Senão trataremos as pessoas ao nosso redor de forma desprezível por causa, apenas, de um limão azedo. Sob pena de terminarmos nossos dias entubados numa cama de hospital, olhando para trás no filme da vida e se desesperando quando perceber que a vida que se viveu, foi vivida por um morto-vivo. Ao invés disto vamos ver, perceber e valorizar cada gentileza que nos é oferecida e com isso se motivar a tratar todos os outros com a mesma getileza. Ver a vida com beleza. As vezes não é fácil. Mas como disse a rosa do Pequeno Príncipe: "Se desejo ter o prazer de ver as borboletas, é necessário tolerar algumas lagartas."

4 comentários:

Ivi disse...

Gentileza é, de fato, um conscienciometro, se é que existe essa medida. Brincadeirinha....
Mas é isso mesmo, Gentileza me lembra o poeta que, após ter perdido sua empresa e todo seu dinheiro, peregrinava pelas ruas paulistas abarrotadas da violenta desatenção humana oferecendo rosas, sorrisos e poesia sobre o ser gentil.
Muito bom falar disso.

Tatiana Badaró disse...

Boa! A questão é justamente que a gentileza, nossa ou do outro, só pode ser percebida por nós quando aceitamos a sua sugestão de olhar para dentro, atentar mais a nós... Engraçado, hj eu olhei seu blog, o meu e o de Iv e de certa forma todos falávamos da mesma coisa, só posso entender que precisamos agir, tanto quanto pudermos!

Edu O. disse...

Este post tinha que vir de você, querido, que sempre demonstrou imensa gentileza e sensibilidade.

Mara disse...

Maravilhoso esse texto, além de demonstrar muita sensibilidade, é um tema sempre atual. Não precisamos somente refletir sobre isso, precisamos como você bem disse parar de hipervalorizar os sensasionalismos. É imprescionante observar o olhar de surpresa e às vezes também de susto, quando você cumprimenta com um bom dia um desconhecido na rua, ou quando você pede licença para ultrapassar alguém em uma passarela, ou em um ônibus coletivo. Que o mais rápido possível chegue o dia que ações simples e pequenas como essas e tantas outras, sejam habituais e não meras surpresas.
Sempre muito bom falar disso

 

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