quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Liberdade

"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." Mahatma Gandhi

E nós? Sabemos quais são as grades que nos aprisionam?
Apenas um pássaro que nasceu livre e foi aprisionado numa gaiola, sabe o quão maravilhoso é a sensação de voar. Somos pássaros, mas nos permitimos crescer em gaiolas e não satisfeitos com a individual ausência de liberdade, criticamos e atacamos os pássaros que percebemos, de dentro de nossas gaiolas, livres voando no céu.

Quebremos nossas gaiolas, abramos nossas asas e pulemos no nosso abismo interior... Para alçar vôo às alturas da sabedoria do genuíno 'Ser Livre'. ;¬)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight


Eu vou ficar louco se não enlouquecer esta noite!

Fiquei embriagado ao assistir este vídeo que ilustra a música do U2 de mesmo título. No entanto sou suspeito, pois amo animações com a pegada dos conceitos cinematográficos, planejadas como verdadeiras obras de arte. Bono Vox e seus amigos estão talhando juntos uma história gravada com caracteres de ouro.

Este vídeo proporcionado pela letra concebida por Bono é um alento para aqueles que ainda acreditam no mundo e na real função do ser humano sobre o planeta. Tudo anda tão trabalhoso, os valores estão invertidos, tudo aquilo que intuitivamente sabemos não fazer bem como a corrupção, violência e a busca ilimitada e inconsequente por qualquer tipo de prazer tornaram-se normalidade e a população reagiu perdendo a possibilidade de indignar-se. Que bom seria se pudéssemos verdadeiramente nos tratarmos como verdadeiros irmãos. Saber respeitar a escolha, os planos, as buscas do outro. Pessoas que compreendem que toda forma de preconceito é vã, já que a morte e a doença existe para todos, os infortúnios são comuns aos seres humanos e inerente ao viver, cada um segundo o cobertor que lhe foi ofertado pela Natureza. Esta psicologia inversa é necessária por que muitos sequer consideram que na realidade somos idênticos na essência, não no amontoado de células e organização bioquímica, e por isso somos Um, já anulando inteligentemente qualquer forma de preconceito. Virá o dia em que cada ação do indivíduo será elemento de reflexão dele mesmo, pois ele já compreenderá que fomos feitos para brilhar acima das nuvens cinzentas, impregnando-as de Luz. Cada um será responsável pelo quadro que deixar pintado na memória da Vida.

O tempo passa e a história é escrita por cada um dos personagens no palco da Imortalidade. Mas se tem um cara que quando a transformação chamada Morte bater a sua porta, e ele como todos não tiver escolha senão abrir, ele dará as mão a esta nobre senhora, e seguirá para o atualmente desconhecido. Contudo quando ele olhar para trás terá um largo sorriso no rosto, por ver as cenas de sua história escritas por ele mesmo, plenamente pontuadas por Contribuição, Beleza e Nobreza. Tenho certeza de que quando chegar a nossa vez a nobre senhora nos encontrará com o mesmo largo sorriso nos lábios, pela mesma razão do sorriso de Bono, prontos para os próximos desafios.

Assista ao vídeo postado no youtube pela Vevo, e se embriague bebendo estas sensações estéticas! Não beba com moderação!

sábado, 18 de julho de 2009

Curtindo as sensações estéticas

Vergonha de dançar??? Que pena! ♫♫ ♫♫ ♫♫

O efeito de uma dancinha de nada é avassalador no ser humano, pois joga fora aqueles pensamentos de que 'eu não sirvo pra nada', revela um pico ascendente na autoestima, desenvolve a coordenação motora, estimula a criatividade e a sensibilidade, colore a áura com tons brilhantes, aguça a percepção de si mesmo, dentre outros elementos que necessitamos tanto. Movimentar conscientemente o corpo faz com que a glândula Pineal, esta coisinha maravilhosa que temos dentro do cérebro, libere serotonina. A serotonina está diretamente ligada à sensação de prazer. O efeito benéfico da felicidade é plenamente observado nas pessoas que são felizes, mas apenas elas verdadeiramente sabem o que isso significa.

Vergonha de dançar??? Que pena! ;¬)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O homem "colonizado"... Pra não dizer escravo.



Todo povo colonizado (O SER HUMANO), isto é, todo povo no seio do qual se instala um complexo de inferioridade por ter sido destruida a sua identidade cultural (CONHECIMENTO DE SI MESMO), fica em oposição à linguagem da nação civilizadora, ou seja, da cultura metropolitana (ESTÍMULOS E REFERÊNCIAS EXTERNAS, QUE LEVAM À PRODUÇÃO DE PENSAMENTOS). Quanto mais o colonizado se moldar aos valores culturais da metrópole, tanto mais se afastará da sua própria cultura. (QUANTO MAIS O HOMEM SE ADEQUA AOS PENSAMENTOS QUE OCORREM NA SUA CÂMARA MENTAL, OS QUAIS NEM SEMPRE PERTENCEM A ELE MESMO, SE AFASTA DE SUA ESSÊNCIA, ADIANDO COM ISTO O SEU DESTINO DIVINO).

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Amizade

"Rico é quem tem amigo", aliás, Bilionário. Os últimos dias aqui em Manaus somente reafirmam isso. Quando oferecemos a alguém um bouquet da flor Miosótis significa dizer: "Não se esqueça de mim". Quando oferecemos a alguém a nossa Amizade significa dizer: NÃO LHE ABANDONAREI JAMAIS! ;¬)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Que a chuva lave e leve para longe!

Não sei o que dá nas pessoas quando decidem entregar as suas vidas ao raciocínio, (se há algum), da massa. Há aqueles que vivem a deriva, navegando pra onde a maré da mídia dirigir. E há aqueles que se dizem no caminho da espiritualidade, mas pautados nos prazeres e certezas que adquirem dos outros e não de suas próprias experiências, de seu sentimento. Talvez seja a ausência de um Mestre que lhe ensine a chegar a beira do precipício... e o empurre, para um vôo solo, pleno de um conhecimento de si mesmo, que é o que eleva a águia à altitude da sabedoria. Que a chuva lave e leve para longe a ignorância disfarçada de luz. Que bom que para muitos rolou o velho de longas barbas brancas e aquele empurrãozinho. ;^)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Lorca



O poeta pede a seu amor que lhe escreva

Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de mordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.

The Smiths

"What she asked of me, at the end of the day; Caligula would have blushed..."
As vezes nos submetemos à desejos e imposições que ferem a nossa moralidade, apenas por julgarmos que, antes de mais nada, precisamos manter a máquina louca da sociedade funcionando plenamente e a recompensa disso é a certeza do salário no final do mês, ainda que este atrase. Convivemos com verdadeiros monstros que carregam plastificados nos lábios um sorriso cujo significado o próprio dono ignora. Percebemos as atrocidades, ainda que nos julguem idiotas, mas cumprimos o papel de meros observadores dos fatos. Pois o Grand Finale chega pra todos nós, e cada um que colha os frutos de sua semeadura. Assim quando oferecerem a você uma proposta tenebrosa sem, nem mesmo, um corar de faces siga seu sentimento, mate o condicionamento e haja como um SER HUMANO. Permitindo aos outros, livre, que se comportem como queiram, ainda que o comportamento esteja mais próximo dos MACACOS... Com todo respeito aos MACACOS! ;^)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Sabedoria Antiga



Saber viver é uma necessidade para aqueles que simplesmente desejam ter ao seu redor um vasto campo de felicidade. O saber viver está afeito ao tipo de óculos que usamos, e a felicidade a uma enorme capacidade de aprofundar em si mesmo. Sim! Porque a felicidade está dentro de cada um, na realidade, e não fora nos estímulos, na sensorialidade. Precisamos aprender a escolher usar o óculos da compreensão, da benevolência, enfim do Amar. Porque a felicidade que nos vem dentro está afeita ao resultado do uso do óculos. Quando temos pleno controle deste uso caem os espinhos por terra e o perfume das rosas, na vida, torna-se uma consequência inevitável. Por isso reflitamos sobre:

"Com as pedras que me atiram, construirei o meu templo de sabedoria".

Parecido com Pessoa, né? Mas como o cara era iniciado, então sabe-se de onde vem o poema anterior...

domingo, 20 de maio de 2007

Pessoa

"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa

http://www.casafernandopessoa.com/

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Diversidade, Igualdade e Estética.



A roupa nova do Rei

Um bandido, se fazendo passar por um alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.
O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda
e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.
Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do suposto "alfaiate". Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!", embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei. Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O bandido garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais. A única pessoa a desmascarar a farsa foi uma criança que gritou para a vergonha do rei: - O rei está nu!


Desgraçada da sociedade que abre mão de sua experiência particular, seja estética ou da vida prática, sem refletir e analisar para compreender, em prol de viver alimentado por uma aparência externa efêmera, periférica e sem profundidade. Pobre e sem significação é o ser humano que vive desta aparência externa, periférica e sem profundidade. Pois a grande felicidade da igualdade está no ser diverso, mas sem mímica, sem imitação, sem concordância estúpida e sobretudo, sem fingimento. Isso porque é possívela achar que se é diverso, não sendo quem se é. A diversidade se torna a mais perfeita igualdade quando dela parte a compreensão daquilo que te faz diverso... Aqui se estabelece a igualdade na diversidade, a semelhança na essência. A única que importa, a única que vem bela desde as profundezas do ser. Estar atento a isso é viver esteticamente, viver por aquilo que há de mais belo em si mesmo... que é o: Você mesmo!

O valor da estética pela estética está em se perceber o porquê pelo qual gostamos ou não de algo. Diante de uma obra de arte é fácil expressar se você é livre como a criança do conto de Hans Christian Andersen, e expressa aquilo que verdadeiramente sente. Mas se o indivíduo usa sua experiência estética como instrumento libertador dos paradigmas impostos, se percebe a vida como a criança d'A roupa nova do rei', está longe de ser periférico. Pois se acho lindos os túmulos ricamente decorados com pedras finas; terei eu força, coragem e sensibilidade de olhar o conteúdo putrefato destas belezas revestidas a mármore e granito?

Aquela criança permite a Diversidade estabelecer a Igualdade... E esta, infalivelmente, se expressar em Estética no expressar-se para com os outros, e principalmente para a parte mais importante nesta relação de diversidade, igualdade e estética: O próprio indivíduo atuante. Que é 'sendo' a todo momento. ;^*



Ilustração: Stetsenko Kseniya: O rei nu. Óleo sobre tela.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.


Sempre... Vinícius de Moraes
 

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