quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O perfume


Ontem peguei em alguém que deixou bem marcado um perfume em minhas mãos. Não sei quem foi. Mas sei do perfume! Uma obra de arte volátil, fantástica, que me encheu com um oceano que só poderia ser expressado através da 'filosofia da arte'. Uma fragância colorida, afiada e suave ao mesmo tempo. Várias ilustrações foram concebidas a partir desta experiência, as quais logo farão parte do grupo de imagens daqui do blog. Um momento pleno de prazer estético não poderia passar despercebido.

Acredito que no dia que construirmos em nós mesmo esta capacidade de valorizar as coisas certas, significativas e que valem o nosso esforço, mesmo psíquico, a vida se tornará mais fácil, mais produtiva. Precisamos valorizar estes raros momentos de prazer subjetivo, onde podemos genuinamente ser livres, sem condicionamentos, sem modismos sociais. Pois dentro de nós mesmos somos livres, e sem esta liberdade não é preciso estar vivo. Esta experimentação da sensação estética é um genuíno ato de autoconhecimento. Esta é a busca primitiva deste sentido primitivo, que a realidade urbana contemporânea tenta obliterar. Precisamos permitir que esteja disponível em nós e temos, por obrigação, que contagiar os outros. Para que todos possamos valorizar o que sentimos, e não aquilo que nos é dito como verdade, como aquilo que se convencionou chamar 'sistema, pretende. Porque somente a experiência direta e completa preenche o espaço interno destinado à aprendizagem, ainda que esta se dê através da reflexão.
 

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